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Editoriais

    PESADELO OPERACIONAL ÀS CUSTAS DE SONHO TRIBUTÁRIO? PENSE BEM

    Por Ricardo Ruiz Rodrigues, head de Supply Chain na AGR Consultores

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    São Paulo    20/08/2019    17h09   


    Ricardo Rodrigues, head de Supply Chain da AGR Consultores.

    Servimos diversos clientes em projetos de localização de operações (Site Location) e otimização de malha logística e é bastante comum, diante do atual contexto fiscal especialmente no que toca aos impostos estaduais (ICMS, ICMS-ST), a análise financeira trazer alternativas interessantes do ponto de vista de custos e despesas. Junta-se à disparidade dos impostos estaduais os incentivos de outra natureza, normalmente oferecidos por municípios menores, como terrenos a custo muito baixo, isenção/redução temporária de IPTU e ISS, entre outros.

    O problema é que a maioria destas alternativas aparentemente sedutoras esconde armadilhas operacionais difíceis de digerir e que trazem riscos à sustentação e rentabilidade do negócio.

    A regra número um que deve ser seguida em projetos desta natureza para que se tomem decisões sensatas é de realizar uma ampla análise de riscos, oportunidades e resultados, qualitativas e quantitativas, e com visões de curto e longo prazo. E, na hora de tomar a decisão, não se apoiar simplesmente em um balanced scorecard numérico, mas sim em uma árvore decisória que elenca as melhores opções tendo como base as metas estratégicas do negócio.

    Os elementos críticos para tomada de decisão variam muito de negócio para negócio e o entendimento inicial das necessidades, desafios e momento estratégico da empresa é também fundamental para que se tome a melhor decisão no final (que inclusive pode ser de não se mudar nada em termos de localidade e focar em melhorar outros aspectos da operação).

    Listo abaixo, de forma ainda não-exaustiva, os principais fatores de risco e oportunidades que devem ser combinados com a análise de atratividade financeira:

    • Disponibilidade de mão-de-obra qualificada ou que se possa qualificar
    • Facilidade de acesso da mão-de-obra à operação, entre outros benefícios que necessitam ser oferecidos aos colaboradores (alimentação, saúde ocupacional, etc.)
    • Qualidade e disponibilidade de serviços de apoio para assegurar a continuidade da operação. Isto se torna mais crítico em operações que contém certa automação
    • Telecomunicações – disponibilidade, capacidade, velocidade
    • Facilidade em executar obras na região
    • Relações sindicais na região
    • Qualidade das rodovias e alternativas viárias
    • Variedade/Disponibilidade de transportadores que atendem a região
    • Possibilidade de aproveitamento de retorno de frete para os transportadores que servem a operação
    • Disponibilidade, confiabilidade e alternativas de fontes energéticas
    • Impacto ambiental trazido pela operação e tecnologias que precisam ser aplicadas para mitigá-lo
    • Qualidade de vida e atratividade do local para as funções-chave da operação (liderança, especialistas, etc.)
    • Complexidades envolvidas na obtenção dos licenciamentos necessários
    • Custos de desmobilização, expansão ou racionalização da operação
    • Dependência socioeconômica da região em relação ao negócio, o que pode dificultar um downsizing ou saída da mesma no futuro, caso mudem as condições (e os custos de saída permitam tal movimento)

    E a análise não para por aí: há ainda um capítulo muito importante que se junta aos fatores acima, que é o impacto ao negócio como um todo, em especial ao nível de serviço da operação aos clientes atuais e futuros da empresa. É muito importante ponderar eventuais sacrifícios de prazos e condições de atendimento que a localização de uma operação pode trazer – um eventual aumento na rentabilidade oriundo de uma mudança da operação pode infelizmente vir acompanhado de redução na atratividade das condições de entrega para alguns clientes.

    Isto pode forçar a empresa a futuramente criar entrepostos com estoque intermediário ou acabar por não utilizar toda a capacidade instalada desta nova unidade porque os clientes precisarão continuar sendo atendidos por uma outra unidade mais conveniente. Estes fatores reduzem em muito os aparentes benefícios fiscais e incentivos originais do estudo.

    Portanto, muita atenção aos pesadelos operacionais e de negócio que uma mudança de localidade motivada por benefícios financeiros pode, em uma primeira análise, trazer. Mesmo em se tratando de operações com facilidade de desmobilização futura, este tipo de movimento é coisa séria e precisa ser estudado com visão 360º e muita atenção aos critérios de decisão.

    Para mais informações visite o site:
    http://www.agrconsultores.com.br/

     

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