São Paulo 10/08/2017 18h16
Os fundos imobiliários viraram febre entre os anos de 2012 e 2013. Na época, em apenas 12 meses o número de fundos dobrou, contando com mais de 100 mil investidores. “Foi o início de uma modalidade de investimento que o brasileiro ainda não conhecia, assim como o tesouro direto teve o seu auge”, ressalta Telêmaco Genovesi Junior, sócio gestor da GGR Investimentos. Entretanto, meses mais tarde a crise imobiliária brasileira começou, gerando grande vacância em imóveis comerciais e residenciais, ou seja, ausência de compradores e locadores, bem como aumentou o número de inquilinos que solicitaram a rescisão de contratos de locação ou deixaram de renová-los. Diante de tal realidade, o impacto nos fundos imobiliários foi imediato.
Atualmente, em 2017 a economia e o mercado de imóveis começaram a dar sinais de recuperação e com isso, surgiram excelentes oportunidades. Diante desse sinal de recuperação, juntamente com a administradora, instituições financeiras e demais parceiros, a GGR lançou este ano o 1º fundo imobiliário brasileiro com 100% de contratos atípicos e captou cerca de R$ 141 milhões. “Foi uma captação excelente! A oferta teve adesão de 26 distribuidores do mercado financeiro e ficou aberta por apenas 20 dias. A resposta do mercado não poderia ter sido melhor. Quem comprou a cota no lançamento já rentabilizou 10 % em apenas 60 dias” afirma Telêmaco.
De acordo com a política de investimento do fundo este tem como objetivo a celebração de contratos de locação atípicos. Diferente dos contratos normais de aluguel, que geralmente tem vigência de 1 a 3 anos, o contrato atípico garante a locação por no mínimo 10 anos, o que torna a operação muito mais consistente e segura. Além disso, no contrato atípico pode existir a vacância física (imóvel vazio), mas não há a vacância financeira, uma vez que a multa pela “quebra de contrato” é o valor restante de todo o contrato.
A GGR Investimentos, como gestora, busca locar os empreendimentos – os imóveis – apenas para empresas de primeira linha, muitas delas listadas em bolsa. “Muitas corporações não querem investir, tão pouco deixar imobilizado milhões de reais em um centro de distribuição. Visando atender as necessidades desse mercado, o fundo realizará operações nas modalidades built to suit ou sale & leaseback, o que significa que os imóveis adquiridos pelo fundo poderão ser construídos para atender as necessidades previamente identificadas pelo locatário ou recomprar um imóvel para locar à própria empresa que o vendeu. A lógica é simples, é muito mais rentável girar este dinheiro na própria empresa do que deixar o mesmo imobilizado”, explica Telêmaco.
Liderada pela administradora Capital Markets, o fundo, de acordo com seu regulamento, pode captar até o valor total de R$ 750 milhões. “O investidor que não entrou na 1ª oferta por não ter tido tempo hábil de estudar a operação ou por qualquer outro motivo, eventualmente poderá ter uma nova oportunidade, sem precisar comprar cotas no mercado secundário”. O sócio gestor ainda comenta, “Vale ressaltar que, o investidor deste tipo de produto financeiro não paga imposto de renda enquanto o dinheiro continuar investido no fundo imobiliário e o IR é cobrado apenas na venda das cotas”, finaliza Telêmaco Genovesi.
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