Riscos e segurança corporativa | Imagem de Nataliya Vaitkevich no Pexels
O ambiente empresarial é cercado por incertezas que podem ter seus efeitos reduzidos adotando a segurança corporativa. Saiba como aplicar essa estratégia para mitigar riscos.
O avanço na competitividade fez com que as ameaças físicas, digitais ou reputacionais, se tornassem mais sofisticadas, exigindo estratégias que reduzissem as vulnerabilidades.
De encontro a isso, a segurança corporativa não se refere apenas ao controle de acessos ou ao patrimônio, mas a uma série de medidas para evitar fraudes e preservar os dados, informações, e a reputação empresarial.
Manter o sigilo e a confiabilidade da marca é imprescindível para o sucesso em todos os setores, até os mais comuns, como uma agência de babá.
Conheça práticas, ferramentas e estratégias que oferecem uma visão ampla para resguardar seu negócio contra ameaças internas e externas.
O que é segurança corporativa?
A segurança corporativa é composta por um conjunto integrado de práticas, políticas, tecnologias e medidas aplicadas no intuito de proteger a reputação e os ativos, evitando que ameaças internas ou externas interfiram em suas operações.
Trata-se de uma preocupação contínua em identificar, analisar, avaliar e mitigar riscos que podem afetar a saúde da organização.
O que antes era visto apenas como uma despesa, hoje é fundamental para a governança governamental, sendo entendido como um diferencial competitivo.
Uma das grandes abordagens da estratégia de segurança corporativa, é a atuação de modo preventivo. A abordagem não se trata apenas em reagir a incidentes, mas de gerenciar riscos e ameaças para reduzir os impactos.
Como as operações estão muito mais digitalizadas, a proteção cibernética deve ser prioridade das companhias. Afinal, segundo a Vultus Cybersecurity Ecosystem, 48% das empresas correm o risco de sofrer um ataque de altíssimo impacto até 2028.
Quais as principais áreas da segurança corporativa
A segurança corporativa estratégica é composta por áreas interligadas que atuam para proteger a empresa de ameaças diversas. Entender essa divisão contribui para a continuidade dos negócios e integridade dos ativos organizacionais. Cada uma foca em um tipo específico de segurança, sendo:
- física: controle de acesso para proteger instalações, prédios, equipamentos e pessoas.
- da informação: relacionada a confidencialidade, integridade e disponibilidade de todos os tipos de informação, seja digital, impressa, falada ou até mesmo escrita em um caderno;
- cibernética: é uma subárea da segurança de informação com foco em proteger dados, sistemas e redes digitais;
- patrimonial: protege bens materiais e financeiros de roubos, perdas, fraudes, extravios ou danos;
- do trabalho: busca prevenir acidentes e doenças ocupacionais.
Algumas empresas criam uma equipe de gestão de riscos, que fica responsável por identificar, analisar e mitigar riscos elaborando planos de contingência e planejamento de respostas a incidentes e crises.
Por que a segurança corporativa é tão importante?
Basicamente porque traz uma série de benefícios importantes para empresas que adotam um sistema de segurança corporativo, como:
- prevenção de perdas financeiras decorrente de roubo, desastre ou vandalismo;
- redução de riscos operacionais e jurídicos;
- protege a reputação e credibilidade da empresa;
- garante o cumprimento da lei e normas regulatórias evitando multas e penalidades;
- fortalece a confiança dos consumidores, parceiros comerciais e investidores;
- assegura um ambiente de trabalho seguro, promovendo maior satisfação e produtividade.
Como ter uma gestão eficaz da segurança corporativa?
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Garantir a segurança corporativa exige criar uma cultura de prevenção ao risco. Ou seja, entender que cada ação deve ser integrada, sistêmica e complementar. Algumas das principais estratégias adotadas por empresas que levam a segurança a sério compreendem:
Análise e gestão de riscos
Avaliar continuamente os possíveis riscos internos e externos, identificando especificidades, vulnerabilidades e potenciais ameaças. Com base nessa avaliação, são criados planos de ação para proteger ativos prioritários e mais críticos.
Perigos em potencial compreendem ciberataques, roubos de dados, vazamentos, erros de produtos, acidentes de trabalho, entre outros.
Investimento em tecnologia
A implementação de sistemas e ferramentas de proteção é essencial, especialmente quando se trata da segurança cibernética.
Para proteger o ambiente digital, invista em sistemas de detecção de intrusão, melhores antivírus, criptografia, monitoramento de redes, autenticação multifator e backups automáticos.
É recomendado ter cópias de segurança de dados críticos, tanto para facilitar a resposta em caso de invasões ou erros críticos, como para implementar planos de recuperação de desastres. Essa prática evita que as operações sejam paradas em decorrência de falhas.
Políticas e normas internas de segurança
A base de toda estratégia de segurança corporativa está em criar políticas detalhadas sobre as operações e responsabilidades. Os informativos precisam ser amplos, documentados, comunicados de forma clara e atualizados regularmente.
Todos os colaboradores precisam ter conhecimento das regras sobre controle de acesso, uso de dispositivos, acesso a informações sensíveis, navegação, entre outros.
Além disso, é fundamental estabelecer um ambiente de trabalho conforme os requisitos das normas regulamentadoras, incorporando adequadamente aspectos de ergonomia, sinalização de segurança, uso correto de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), inspeções periódicas e demais medidas preventivas.
Treinamento e conscientização
Planos de gestão de risco só funcionam quando os funcionários entendem as medidas de segurança e sabem como colocá-las em prática.
As equipes precisam ser treinadas regularmente para que atuem com práticas seguras de trabalho e saibam identificar e agir perante comportamentos suspeitos, ameaças cibernéticas e tentativas de fraudes.
Conformidade regulatória
Uma companhia só possui segurança corporativa quando cumpre todos os requisitos e leis vigentes. Atualmente a LGPD, ou Lei Geral de Proteção de Dados, regula a segurança e privacidade dos usuários em relação ao acesso, uso e armazenamento de dados sensíveis.
As empresas devem adotar padrões e estratégias para que essas informações sejam usadas adequadamente. Caso contrário, haverá sanções como multas e processos.
Controle de acesso físico
Envolve práticas para deixar que apenas pessoas autorizadas possam acessar áreas restritas ou instalações do ambiente corporativo.
Adote o uso de crachás, catracas, câmeras de vigilância, sistemas de alarme, biometria e demais medidas físicas de segurança.
Monitoração e resposta a incidentes
Imagem de Anna Nekrashevich no Pexels
A segurança corporativa é um trabalho de monitoramento contínuo para identificar atividades suspeitas. Ao serem constatadas ameaças, protocolos de resposta devem ser acionados.
Um plano de resposta a incidentes estabelece práticas a serem implementadas em caso de roubo, crises internas, vazamento de dados, entre outros. O plano deve incluir comunicação, contenção, análise, recuperação e documentação.
A segurança corporativa não evita os riscos, mas minimiza seu incidente, e mantém a empresa trabalhando diante de incidentes.
Como a sua empresa lida com as ameaças internas e externas? Conta para a gente nos comentários.