Mercado de luxo: principais desafios e como driblá-los

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Mercado de luxo: principais desafios e como driblá-los

Mercado de luxo | Imagem de Laura Chouette no Pexels

Atuar no mercado de luxo vai muito além de oferecer produtos premium. Saiba quais são os principais desafios enfrentados e como superá-los.

Com foco em equilibrar tradição e inovação, exclusividade, prestígio e propósito, marcas luxuosas enfrentam alguns desafios ao atender um público cada vez mais exigente, informado e conectado.

Além disso, é preciso entregar experiências e valores para um público muito mais conectado e informado. Equilibrar herança com modernidade, e, valor simbólico com impacto real é essencial.

Diante desse cenário, veja quais são os principais desafios enfrentados pelas marcas de luxo e como superá-los.

Os principais desafios do mercado de luxo

De acordo com Relatório Luxury Global, de 2024, o mercado de artigos de luxo faturou cerca de 1,64 trilhão de dólares em 2023. No Brasil, estima-se que esse segmento irá atingir 133 bilhões de reais até 2030.

No entanto, crescer atuando em um segmento tão específico requer enfrentar desafios também exclusivos. Considerando as mudanças nos hábitos de consumo, algumas perguntas refletem os principais preocupações das marcas de luxo:

Como uma empresa do mercado de luxo investe em propaganda e branding? 

O mercado de luxo enfrenta o desafio de equilibrar exclusividade com visibilidade. Ao investir em propaganda e branding, é preciso manter a sofisticação da marca sem perder relevância.

Além de investir em narrativas exclusivas, é preciso que todo o conteúdo reflita em status e sofisticação. Por isso, muitas marcas investem em grandes campanhas, e não apenas em publicações diárias e passageiras. Confira dicas exclusivas para a propaganda de produtos.

Um exemplo é a Dior Beauty, que aposta em campanhas com embaixadoras globais e narrativas sensoriais para reforçar o prestígio, sem recorrer à exposição massiva. A estratégia foca na construção de desejo e na experiência, não apenas na venda.

Como uma marca de luxo pode crescer sem perder a exclusividade?

Todo negócio busca crescer, mas no mercado de luxo, esse crescimento precisa ser estratégico, mantendo o senso de escassez e desejo.

Para vender artigos de luxo, a exclusividade é o principal. É exatamente isso que transforma um relógio em um símbolo de status, como acontece com a Rolex. 

Mais do que a funcionalidade, os consumidores buscam:

  • comemorar conquistas ou ocasiões especiais;
  • reafirmar posição social por meio de símbolos de status;
  • obter superioridade por meio de produtos artesanais, raros ou feitos com matérias-primas de alta qualidade.

Dessa forma, é preciso despertar o desejo de compra. Para isso, não basta criar quantidades limitadas ou colocar um preço alto, é preciso que o consumidor médio conheça o produto e que ele seja desejado por pessoas que provavelmente nunca conseguirão consumi-lo.

Quer um exemplo? Muitas pessoas conhecem marcas famosas, como Ferrari ou Louis Vuitton, porém, é provável que não possam comprá-los.

Estratégias para crescer mantendo o prestígio

  • despertar o desejo com escassez real: o produto deve ser conhecido, desejado e, ainda assim, inalcançável para muitos;
  • aumentar a conscientização por meio de estratégias de publicidade, como campanhas de Relações Públicas;
  • construir valor simbólico: a Hermès segue essa linha ao exigir de seus clientes o cumprimento de critérios para efetivar a venda. Ter dinheiro é o menor deles;
  • mostrar os bastidores e a história da marca, conectando tradição, qualidade e estilo de vida refinado.

O que o novo consumidor de luxo realmente valoriza?

Imagem de Chris Kursikowski no Unsplash

Os produtos de luxo já não são definidos apenas pelo preço, qualidade ou escassez. Em vez disso, a percepção é subjetiva e em constante mudança por novas percepções, visões e contexto cultural. Hoje, o posicionamento de marca  deve ser voltado ao impacto positivo e na consciência.

Nesse sentido, atuar no mercado de luxo requer usar narrativas imersivas e diferentes das convencionais. Boas práticas incluem:

  • reforçar o vínculo emocional, principalmente ao contar histórias da marca e sua exclusividade;
  • implementar iniciativas que unem herança e inovação, como uma coleção colaborativa com artistas ou marcas contemporâneas;
  • reforçar o posicionamento em relação à sustentabilidade, ética e responsabilidade social;
  • cada vez mais a experiência é o grande luxo, ofereça vivências únicas e personalizadas como atendimento sob medida, acesso a bastidores ou coleções exclusivas. 

Como criar uma experiência digital sofisticada?

Por falar em experiência, o mercado de luxo exige que suas marcas dominem práticas para aumentar a personalização e, consequentemente, a fidelização. 

Quando se trata do ambiente online, a percepção de sofisticação é diferenciada. Afinal, a comunicação digital tem como fator o acesso global, indo na contramão da raridade característica das marcas de luxo. Grifes como Saint Laurent, Dior e Valentino adotam, principalmente, a escassez de produtos e distribuição limitada para atuar no ambiente digital.

O grande desafio está em traduzir a experiência sensorial, física e personalizada, para o ambiente online. 

Boas práticas para criar uma venda digital em uma experiência luxuosa

  • disponibilize atendimento personalizado com consultores reais;
  • adote um design impecável e navegação intuitiva;
  • invista em realidade aumentada, provadores virtuais e vídeos em alta definição.
  • adote uma abordagem refinada e ritualista com nomes complexos para produtos e campanhas.

Um bom exemplo dessas práticas é a Burberry. A empresa promoveu a coleção Summer Monogram com narrativas únicas e experiências digitais, como videogames e colaboração com artistas, para se conectar com o público mais jovem. Como resultado, houve um aumento acentuado nas vendas. 

Marcas de luxo estão presentes nas redes sociais?

Imagem de appshunter.io no Unsplash

Diferentemente do comércio em massa, as marcas de luxo usam as redes sociais para se aproximar dos clientes de maneira estratégica. A presença nesse ambiente é uma alternativa para priorizar a modernização e aumentar a consideração da marca.

Ao invés de buscar ampliar o público, no mercado de luxo as redes são usadas para entregar inspiração aos usuários, como um veículo visual.

Características dos perfis de grandes marcas

  • Estética impecável e visual storytelling: as postagens são extensões da identidade visual da marca com conteúdo sofisticado, artístico e alto apelo à coerência estética. A Dior usa vídeos de campanha com linguagem cinematográfica, reforçando a exclusividade;
  • Foco em criar desejo com teasers, bastidores, lançamentos limitados e colaboração exclusiva;
  • Eengajamento com influenciadores e personalidades: marcas de luxo preferem celebridades alinhadas ao seu posicionamento, preservando o valor simbólico da marca. 
  • Publicação de conteúdo cultural e editorial aproximando a marca da arte, arquitetura, cinema, literatura ou música. Essas ações criam um posicionamento de curadoria cultural.

O futuro do luxo exige mais do que sofisticação, requer propósito, estratégia e reinvenção constante. Assim sendo, ao compreender essas nuances e aplicar práticas alinhadas ao comportamento atual do consumidor, marcas de luxo podem crescer mantendo sua essência e exclusividade.

Então, a sua marca está pronta para dar o próximo passo? Reavalie suas estratégias e comece pela experiência de valor.

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